O primeiro membro da família Azevedo Maia a ir para
o Seridó foi Antônio de Azevedo Maia, casado com Josefa de Almeida, o qual
fundou fazenda de criação de gados em terras do atual município de Jardim do
Seridó.
Viveu por muito tempo, vindo a falecer em 28 de
novembro de 1796, aos 90 anos de idade.
Um dos seus filhos, Antônio de Azevedo Maia Júnior,
casado com uma filha de Caetano Dantas Correia e Josefa de Araújo Pereira, de
nome Micaela Dantas Pereira, deixou traços do seu espírito progressista e de
sua influência benéfica, tendo fundado uma povoação, Conceição do Azevedo, para
cujo patrimônio e construção de uma capela dedicada a N. S. da Conceição doou
os terrenos necessários.
Conceição do Azevedo é hoje uma das melhores e mais
formosas cidades seridoenses: - Jardim do Seridó.
Ao falecer Micaela, em 23 de maio de 1799, Antônio
de Azevedo ficou com 13 filhos, conforme se verifica do inventário existente no
cartório de Jardim do Seridó: João Dantas de Azevedo, com 30 anos de idade;
José de Azevedo, com 23 anos; Antônio de Azevedo, com 44 anos; Francisco de
Azevedo; Joaquim de Azevedo, Caetano de Azevedo, Joana, Maria, Francisca, Ana,
António, Josefa e Isabel.
João Dantas de Azevedo casou com Rosa Maria dos
Santos, em 21 de setembro de 1791; Isabel Maria casou com José Tavares dos
Santos; Josefa Maria com João Marques; Antonia com Manuel Salvador de
Vasconcelos; Ana Rosa com José Soares de Vasconcelos; Francisca com Manuel
Martins de Medeiros; Maria Marcelina com João Batista dos Santos; Joana com
Manuel José da Cunha, tronco da família Cunha; e António de Azevedo Maia (o 3º
do nome), (conhecido por Antônio Padre), por haver sido vaqueiro do padre Cosme
Leite de Oliveira, casou com Úrsula Leite de Oliveira, irmã do referido
sacerdote e filha do vale do Jaguaribe, no Estado do Ceará.
O segundo Azevedo Maia, o precursor de Jardim do
Seridó, não se conservou viúvo por muito tempo, tendo contraído novas núpcias
com Maria José de Santana, que lhe sobreviveu, e de quem teve filhos.
O falecimento de António de Azevedo (o 2º), ocorreu
a 19 de maio de 1822, e o seu sepultamento verificou-se no cemitério público da
então povoação de Conceição de Azevedo.
A família Azevedo Maia tem dado ao Seridó muitos
filhos de grande projeção na política, na vida econômica e na sociedade.
Nenhum, até hoje, porém, excedeu em dedicação à
causa pública ao coronel Felinto Elísio de Oliveira Azevedo, bisneto do
patriarca de Jardim do Seridó, neto do terceiro António de Azevedo Maia,
(Antônio Padre), e nascido em 29 de novembro de 1852.
Político militante durante mais de cinquenta anos,
chefe de prestígio muito grande no município que lhe serviu de berço (Jardim),
Felinto Elísio representou a sua terra em diversas legislaturas na Assembleia
Provincial, durante o regime monárquico, continuando na República a receber do
povo a delegação de confiança, em face da qual foi por vezes elevado à
presidência do Congresso do Estado.
Também por duas vezes ocupou interinamente o
governo do Rio Grande do Norte.
Pode dizer-se sem exagero que, por muitos decênios
Felinto Elísio participou como elemento de consulta e decisão de todos os fatos
de saliência na vida política da terra potiguar.
A sua palavra foi sempre ouvida e o seu conselho,
indefectivelmente prudente e patriótico, sempre acatado e seguido. Prestigioso,
leal, digno na vida pública, irrepreensível na vida doméstica, Felinto Elísio
foi bem um verdadeiro e legítimo patriarca seridoense.
Fonte:
Seridó.
2 ed. Brasília: Centro Gráfico do Senado Federal, 1980
FONTE – BLOG FAZENDO
HISTÓRIA